terça-feira, 2 de março de 2010

Os milagres acontecem...mas só para alguns


Pois, é isso. Os milagres acontecem… mas só para alguns!
Sucedem-se os relatos de milagrosas fugas à morte na Madeira. No dia 24 de Fevereiro, http://www.netmadeira.com/noticias/madeira/2010/2/24/foi-um-milagre-que-me-salvou, neste endereço encontramos a história de um jovem de 19 anos que escapou às garras da morte “milagrosamente”; neste endereço http://tbcparoquia.blogspot.com/2010/02/madeira-capela-completamente-destruida.html, encontra-se a história da capela das Babosas que ficou completamente destruída pelo temporal, à excepção, da imagem da nossa senhora, claro, milagrosamente; e quem não se lembra daquela senhora que rezava freneticamente na capela que, segundo ela, lhe tinha salvo a vida milagrosamente, visto que, entrou todo o entulho e lama pela capela dentro, mas quando ia ficando soterrada…eis que o “milagre” acontece: a enxurrada parou. Ah, é verdade, neste último caso, não foi preciso muito tempo para que o padre da paróquia viesse à televisão afirmar que tinha ocorrido um milagre.
Enquanto vejo e ouço esta histeria, pergunto-me: Então e os outros? Porque motivo não foram salvos, “milagrosamente”, aqueles que morreram? Não tinha “Ele” poder que chegasse e sobrasse para isso tudo? Porque motivo “Ele” prefere uns a outros? Ele não é o todo poderoso, justo, misericordioso e bondoso? Ah, já sei, a resposta reside na treta do costume: “indecifráveis são os desígnios do senhor”; “Felizes os que acreditam sem terem visto”…
Quantos abutres vão “encher os chocos” à custa do obscurantismo destas pessoas que julgam que foram bafejadas pela protecção divida. Como dizemos cá no norte: “Santa Ignorância!”

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dinheiro sujo


Isto de ser rico às custas dos outros, não dura sempre.
Já tive oportunidade de demonstrar a minha repugnância por aqueles países que vivem artificialmente bem, por causa de dinheiro sujo proveniente de praticamente todo tipo de crimes e violações dos direitos humanos. Estes países, não só, promovem o crime e violação dos direitos humanos, dando abrigo ao dinheiro de criminosos, como impedem os países-natal dos criminosos de terem acesso às contas daqueles. Como se não bastasse, alguns desses países, a que eu chamo “abutres”, ainda emprestam dinheiro com taxas de juro altíssimas a outros países, muitas vezes aos países-natal dos criminosos. A isto poderíamos chamar “dupla roubalheira”.
Na Europa temos alguns exemplos: Suiça, São Marino, Mónaco, Luxemburgo e Liechtenstein. Evidentemente que uns usam práticas mais funestas que outros, mas no fundo todos pactuam numa coisa: captar dinheiro!
A Suiça, desde sempre foi vista como um país exemplar, de bons costumes, pessoas cultas e, sobretudo, um país rico. Mas por que raio, um país no meio dos Alpes, encravado entre a Itália, França, Áustria e Alemanha poderá ter um nível de vida e rendimento muito superior à média europeia?
A resposta é simples. Enquanto que uns se especializam na produção agrícola, outros se especializam na metalomecânica (como os Checos e os Alemães), outros especializam-se na arte de roubar. Mas não é roubar de uma forma qualquer, por isso é que são especializados. Trata-se do típico “colarinho branco”.
Este modo de vida fica de tal forma entranhado num país que qualquer tentativa para o modificar é vista como ameaça à segurança nacional. O UBS, principal banco suíço e um dos maiores do mundo, desejava ceder dados sobre as contas de alguns dos seus depositários, aos países de origem, mas o governo suíço impediu-o. O que teme o governo suíço?
A Itália promoveu um perdão fiscal a todos aqueles que fugiram ao fisco italiano e depositaram os seus rendimentos na Suiça. Por esta via, o governo Italiano já consegui arrecadar 85 mil milhões de euros e só da Suiça saíram 60 mil milhões. Só para possuírem um termo de comparação, o PIB português é de 160 mil milhões…uma enormidade portanto.
O problema é que isto é uma gota de água num oceano e países como Portugal continuam a ser lesados nas suas receitas por estes países-abutres. Deixassem os Suíços de vender o que é dos outros e logo veríamos se viveriam só de chocolate, relógios e medicamentos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Instrumentalizações


O país, nos últimos dois meses, tem assistido a uma corrente incessante de notícias sobre escutas e mexericos. O termo inqualificável, talvez seja o mais apropriado para o que temos assistido. Não se trata de efectuar juízos de valor aos escutados, sejam eles Pinto da Costa, José Sócrates, António Preto ou Armando Vara, mas sim de julgar o acto de divulgar e espalhar escutas que legalmente deveriam estar em segredo de justiça.
Os nomes referidos devem e podem ser julgados em tribunal e nunca na praça pública, sob pena de criarmos um país onde a lei do mais forte, do mais populista e do mais corporativista se sobrepõe a todas as outras. Ora, os exemplos do passado estão na memória de muitos e, a bem de todos, deveriam manter-se apenas como meros exemplos.
A instrumentalização de escutas e/ou imagens não podem ser usadas para manipular a opinião pública porque, quer queiramos quer não, somos manipuláveis e percepcionamos a realidade circundante “à nossa maneira”. Olhem para os vários exemplos: Alberto João Jardim na Madeira para uns é um reles oportunista e demagogo, para outros é o melhor estadista do país; Salazar para uns foi um infame ditador, para outros foi um esplêndido governante; para uns o aborto é uma violação grave do direito à vida, para outros é um direito que assiste à mãe.
Os exemplos continuariam “ad aeternum”, assim o quiséssemos. Dir-me-ão que se trata, pura e simplesmente, da liberdade de expressão. Certamente que sim, mas demonstra-nos que apesar de não estarmos de acordo com a visão do outro, devemos respeitar a sua opinião. A nossa opinião não tem de ser melhor do que a do outro, nem pior; muito provavelmente será diferente.
Usar toda a espécie de artifícios e práticas ilegais, só para demonstrar que nós é que estamos certos e nós é que somos os detentores da razão, acabará por gerar mais injustiças, mais ilegalidades, mais violência, enfim, um país pior.
As recentes publicações das escutas de Pinto da Costa no Youtube e as ameaçadoras transcrições do Correio da Manhã sobre José Sócrates revelam que estamos num país, em que não se pode falar ao telefone, não se pode estar a mesa e conversar descansadamente e, dentro de pouco tempo, não se pode fazer aquilo que aqui estou a fazer. Quando visualizo escutas no Youtube ou leio as transcrições de escutas num jornal estou, involuntariamente, a estimular a prática de um acto que é ilegal e muitíssimo perigoso. Por isso, deixo-vos com um conselho: viver em democracia implica responsabilidade, cidadania, crença nos órgãos de soberania, nomeadamente nos tribunais, e respeito pela liberdade e privacidade do outro.
Quero estar à mesa de um restaurante, ao telefone ou a escrever num blog e não me sentir constrangido em afirmar que “aquele fulano não presta, não sabe o que está a fazer e devia ser arrumado dali para fora”. Se não o poder fazer, o que é isto senão uma ditadura?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Bombo da Festa



Não há muito a acrescentar…vindo de quem vem.
O lunático, intempestivo e imprevisível ditador venezuelano, certamente, deve andar com alguns problemas. Uma de três situações está a ocorrer: anda a mascar folhas de coca, anda a gozar com o povo venezuelano, tal é a demagogia e populismo utilizados, ou terá alguma doença do foro psiquiátrico.
Este senhor acusa os Estados Unidos (quem mais poderia ser?!) de serem os culpados pelo terramoto no Haiti. Isso mesmo, aquele acontecimento catastrófico, alegadamente proveniente das forças libertadas pela colisão de placas em movimento na crosta terrestre, terá isso provocado pelos supremos e todo-poderosos senhores do mundo, os norte- americanos.
O senhor Chavez encontrou o bombo da festa, ou melhor, encontrou o bode expiatório para o qual pode lançar todos os males do mundo, inclusive os males que ele próprio gera. Mas não fujamos do assunto inicial. Sabem como é que os EUA provocaram o terramoto no Haiti? Através de uma nova bomba.
Bem não sei o que possa dizer mais. Ficaria contente que o ser humano já fosse capaz de provocar terramotos sem detonações estrondosas, como as bombas atómicas, visto que significaria que teríamos dado mais um gigantesco passo no desenvolvimento da tecnologia e ciência, porventura isto deve ser mais um desvario do Sr. Ditador.

http://www.youtube.com/watch?v=P4RCA5yYeDs&feature=player_embedded

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pena de Morte no Japão



Normalmente associamos aos países industrializados, o mundo civilizado. Proclamam-se defensores da Declaração dos Direitos Humanos e, diga-se de passagem, a grande maioria dos países desenvolvidos salvaguardam os Direitos Humanos.
A cultura americana já nos habituou a tudo, ao melhor e ao pior. Normalmente conhecidos como os pais da democracia, também nos habituaram aos espectaculares avanços tecnológicos proporcionados ao longo do século XX; por outro lado, é do conhecimento geral que existiram administrações menos transparentes e chegaram a violar o direito internacional e os direitos humanos, no seu próprio território. Dos Estados Unidos e da sua peculiaridade estamos conversados, mas e o Japão…
Fiquei um pouco extasiado quando soube que no Japão ainda se praticava a pena de morte. Sempre associei os japoneses à austeridade, ao rigor, ao desenvolvimento e, pensava eu, ao respeito pelos direitos humanos.
Existe uma crença errada que a pena de morte e o respectivo sofrimento do condenado se limitam “à hora da morte”. Esta ideia não pode estar mais incorrecta, porque durante o período que decorre entre a determinação da sentença em tribunal e a execução, o condenado atravessa um verdadeiro “inferno” na terra; muitos deles, por causa daquele período, são executados com doenças mentais.
A isolação, a ausência de estímulos, a falta de exposição ao ar fresco e à luz, a limitação de visitas, a ameaça de punimentos físicos e o prolongamento da detenção são factores que contribuem para a deterioração da saúde mental dos condenados. No Japão estes factores estão bem presentes na vida dos condenados, pois são impedidos de falar com outros condenados, as visitas da família são muito restritas tendo a duração de 30 minutos e mesmo assim o Director da prisão tem que estar presente, a correspondência que recebem está sujeita a censura e não podem ver televisão nem desenvolver trabalho voluntário.
Mas se pensam que isto é demais, imagem só que a “sede de sangue” chega a tais pontos que pessoas com mais de 70 anos foram condenadas à morte… numa cadeira de rodas. De facto custa um pouco a interiorizar que uma cultura ancestral e uma sociedade tão moderna como a japonesa aceitem estas práticas desumanas.
A nova ministra da justiça, Keiko Chiba, parece disposta a modificar esta actuação vergonhosa do seu país em matéria de direitos humanos, o que se traduz num resquício de esperança para 97 pessoas que aguardam a morte.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Crónica de uma tragédia anunciada



Não. Não é sobre o Haiti que vou escrever, mas sobre a tragédia que se abaterá sobre a Venezuela.
A sociedade actual vive no mediatismo e na cultura do espectáculo, seja ele qual for. Para além disto, o ser humano possui uma limitação inebriante que nos impede de prestar atenção a vários fenómenos ao mesmo tempo. Por algum motivo é tão interessante controlar a imprensa nacional, pois dessa forma controla-se a agenda nacional, isto é, o que está ou não está em discussão, esquecendo-se/apagando-se temas mais inoportunos. O que se está a suceder no Haiti é verdadeiramente trágico, mas está a limitar a nossa atenção ao que se passa na Venezuela. O senhor Hugo Chávez, por mais fiel que seja aos seus princípios, esquece-se que está a governar um país e a lidar com milhões de pessoas.
O que se está a suceder na Venezuela poderá colocar o país em alvoroço em pouco tempo e o Sr. Chávez sabe disso, caso contrário não dizia ao exército para descer às ruas. A coisa vai mesmo aquecer!
Vamos lá ver o que se passa.

1º - Hugo Chávez promoveu uma desvalorização de 50% do bolívar
2º - Existem actualmente duas taxas oficiais na Venezuela e uma clandestina
3º - Impôs uma contenção forçada de custos nas empresas e comércio, sob pena de nacionalização

Comecemos pelo primeiro. Uma desvalorização, afinal, o que é? Injectando-se massivas quantidades de dinheiro em circulação, reduzimos o valor desse mesmo dinheiro, elevando o preço que temos de pagar em moeda nacional para obter moeda estrangeira (Taxa de Câmbio). Por outras palavras, torna-se mais difícil importar e mais fácil exportar, pelo que, acontece uma de duas coisas: ou o país produz mais ou enfrentará escassez internamente (este remédio já foi utilizado em Portugal em 1983). O povo venezuelano, do dia para a noite, viu o seu poder de compra reduzir-se substancialmente.

Teoricamente, o povo perde poder de compra, pois as empresas perante o encarecimento das importações e aumento das exportações, vêm-se forçados a aumentar os custos, logo os preços. Mas é precisamente aqui que Hugo Chávez comete outro erro: impede as empresas de aumentarem os seus custos, logo os preços, como seria natural.
Ora isto, como está bom de ver, provocará um colapso total da estrutura produtiva do país. Hugo Chávez está a pedir aos empresários e comerciantes venezuelanos o impossível e, por isso, a ameaça de nacionalização (já em concretização) expõe os verdadeiros intentos do senhor ditador Hugo Chávez: a nacionalização de toda a economia venezuelana!
Porque é que isto é trágico? Porque aqueles que lutaram durante anos para conseguirem amealhar algo, forçar-se-ão a “trabalhar para aquecer” ou a entregar tudo ao estado. O clima de medo está instalado e certamente que existem muitas emoções prestes a explodir.

Finalmente ao existirem duas taxas de câmbio, uma para alimentos e outra para bens não essenciais. Chávez estimula a “arbitragem” cambial, pois ninguém acredita no valor oficial do Bolívar face ao dólar (cerca de 2,6 bolívares por cada dólar), pelo que no mercado negro existem pessoas especializadas em vender dólares ao preço de … 6,25 bolívares.

Este senhor ao querer a chuva na eira e sol no nabal, acabará por provocar uma tempestade a nível regional.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Crime na Nicarágua



Só existe um nome, para aquilo que se está a suceder na Nicarágua: criminoso!
Este Estado da América Central promoveu uma derrocada civilizacional ao seu povo, aprovando a ilegalidade, em todas e quaisquer circunstâncias, do aborto ou interrupção voluntária da gravidez.
Esta nova lei resultou de uma revisão do código penal do país em 2008. Desde essa data, mulheres e raparigas que sejam violas ou vítimas de incesto vêm-se na obrigação de dar à luz os seus filhos (ou irmãos), sob pena de prisão. Como resultado do enorme sofrimento por que passam estas mulheres e, até, crianças, a taxa de suicídio entre mulheres e jovens disparou no último ano.
Apesar de altamente repugnante e desprezível aos nossos olhos europeus poderíamos enquadrar estas práticas legislativas como resultado de estigmas e preconceitos sociais, pelo que a lei apenas traduz os sentimentos do povo; mas mais uma vez, aqueles que verdadeiramente sofrem e vêm os seus direitos violados são obrigados a aceitar!
Ainda muito mais grave, e isto é inaceitável seja em que cultura for, é a impossibilidade da mulher beneficiar de cuidados médicos quando existam complicações na gravidez ou problemas de saúde diversos (ataques cardíacos, SIDA, malária, etc), desde que isso implique perigo de vida para o feto. Basicamente, a mulher é obrigada a morrer para dar a vida (ou não) ao seu filho.
Como se classifica uma pessoa que obriga outra a morrer por um terceiro, mesmo que seja seu filho e a gravidez resulte de rapto (violação) ou incesto. Não podemos ficar indiferentes a tamanha violação dos direitos humanos, pelo que devemos e podemos assinar uma petição dirigida ao actual Presidente para eliminar a “proibição total” do aborto na Nicarágua.

http://www.jotform.com/form/92233302338

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Caminho até 2013

Agora que se começam digladiar os partidos pela aprovação/inclusão de determinadas política no Orçamento de Estado, importa reflectir sobre a sua possível evolução e como se conseguirá atingir os 3% de deficit público em 2013.


Fiz uma projecção para o crescimento real do PIB, isto é, ajustado da inflação, em 1,22% e uma inflação a rondar os 1,58%, para que em 2013 o crescimento real (acumulado desde 2009) fosse 5%.

Assumi que:
1. Os impostos directos (os que incidem sobre rendimentos e imóveis) assumiam uma relação estável com o PIB em torno dos 11%, como se sucedeu em 2008
2. Os impostos indirectos (que incidem sobre o consumo) assumiam uma relação estável com o PIB em torno dos 14%, acrescendo 300 milhões de euros resultantes do aumento da taxa máxima do IVA em 1 ponto percentual (21%)
3. As outras receitas correntes, como as provenientes da Segurança Social, assumiriam uma relação estável com o PIB em torno dos 16,5% (o que não é expectável, dada a crise económica)
4. As receitas de Capital andariam em torno dos 2,3% do PIB
5. As despesas correntes (pessoal, juros, transferências, subsídios, etc) manter-se-iam constantes, em relação a 2009, o que implica um congelamento dos aumentos da função pública e rigor na atribuição de subsídios, acrescendo 300 milhões de euros, a partir de 2010, por causa da elevação das taxas de juro para a República e do aumento da dívida pública
6. As despesas de capital manter-se-iam constantes e iguais a 2009



Note-se que apenas em 2013 alcançaríamos um deficit orçamental inferior a 3%; contudo os pressupostos referidos, nomeadamente, o crescimento real do PIB cifrar-se em 1,22% ao ano e o aumento das receitas com o crescimento económico são pressupostos favoráveis e não garantidamente concretizáveis.
Para além disso seria necessário aumentar o IVA e congelar aumentos… não se afiguram anos fáceis para a economia nacional.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Conversa da treta

Já que o tema dos casamentos entre homossexuais voltou à praça pública, achei por bem tecer umas considerações sobre ele.
À medida que se vão desembrenhando argumentos de cada um dos lados, apercebemo-nos que estão a esconder algo entre o seu discurso oficial. Chegam a ser ridículas as afirmações, tanto de um lado como do outro. Repare-se no absurdo da situação: aqueles que são contra o casamento homossexual (excluindo a igreja) afirmam que “eles” ou “elas” se podem juntar, viver em conjunto e serem felizes, mas… não lhe podem chamar casamento; os (as) homossexuais que querem partilhar em conjunto a sua vida, sabem que o podem fazer, mas… não conseguem a insígnia do casamento.
Ouço estes argumentos e fico a pensar… estarei parvo ou estas pessoas andam a gozar connosco? Mas será que toda esta cacofonia e zumbido da sociedade portuguesa se resume à palavra casamento? Se assim for, desculpem-me lá, mas tanto de um lado como do outro estão a ser piegas. Não conseguir ser feliz, por não poder estar unido formalmente por um contrato denominado casamento, ou sentir-se incomodado, por duas pessoas do mesmo sexo estarem formalmente unidas por um contrato designado casamento, parece-me ridículo e jocoso.
Tendo em conta isto, parece-me claro que o termo “casamento” está a ser usado como bode expiatório dos verdadeiros intentos: os homossexuais querem demonstrar que vencerão uma guerrinha, por mais piegas que ela seja, e os heterossexuais (preconceituosos) não querem mesmo ver duas pessoas, do mesmo sexo, na rua de mão dada.
Com esta troca de galhardetes, os pró casamento perdem uma excelente oportunidade de alcançarem aquilo que verdadeiramente importa: os direitos (e deveres) que os dois elementos do casal devem alcançar, isto é, as questões da herança, da adopção, do subsídio de viuvez, etc, etc.
A igreja é sempre a mesma coisa, que é para não aplicar outro termo, e por isso já nem vale a pena proferir qualquer declaração. Os cães ladram e a caravana passa…

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jesus ou o sol: Quem é quem?



Hoje vou expor um tema que para muitos já não é novidade, mas que para a maioria ainda permanece convenientemente oculta.
O dia 21 de Dezembro, precisamente hoje, marca o início do Inverno. Para muitos isto não tem nada de extraordinário, até porque é algo periódico. Mas o que ignoram é que esta data está nas fundações do Cristianismo. Por algum motivo, a data 21 de Dezembro de 2012 é sinónimo de mau augúrio. Passemos às explicações…
O ano é dividido em 4 períodos (Primavera, Verão, Outono e Inverno) sendo que nos dias de passagem de umas estações para outras temos os Equinócios (Inverno e Verão) e Solstícios (Inverno e Verão). Hoje, portanto, é o solstício de Inverno.
E perguntam vocês, o que é que isto tem haver com as fundações do Cristianismo? Tem tudo, senão vejamos:
Desde o equinócio de Setembro até ao Solstício de Dezembro (que é hoje) os dias têm, sucessivamente, períodos de luminosidade menor. Não nos podemos esquecer que para as civilizações antigas, o sol era sinónimo de vida e fecundidade, enquanto a noite e o frio eram sinónimo de morte; as colheitas diminuíam, o gado morria e as pessoas adoeciam.
Este ciclo era invertido (não confundam com terminado) no dia 21 de Dezembro, momento em que os dias passavam, novamente, a crescer sucessivamente, tornando-se motivo de esperança para as populações.
Chegados aqui, aprofundemos um pouco mais. Como é do conhecimento geral, as civilizações antigas usavam as estrelas do céu para se orientarem e preverem adventos, criando “deuses” para poderem orar e invocar melhores dias. Os reis magos foram uma dessas personagens… e eles estão hoje bem visíveis do céu.
Eu passo a explicar: hoje se olharmos para o céu é possível detectar a constelação das Três-Marias (3 estrelas) alinhadas com a estrela Sírius que é, nada mais nada menos, do que a estrela mais brilhante do céu a 24 de Dezembro.
Para finalmente completarmos o puzzle, temos que compreender o movimento aparente do sol, algo que os antigos também estudavam. No hemisfério norte, à medida que nos aproximamos do Solstício de Inverno, o sol fica mais “fraco” e mais distante, dando aparência de que, dia após dia, sobe cada vez menos no céu. Ao 22º dia do mês de Dezembro sucede-se uma coisa fascinante… o sol deixa de “cair” e permanece à “mesma altura” durante três dias (situando-se na Constelação Cruz). Ao fim do 4º dia de imobilização, ou seja, a 25 de Dezembro, acontece uma coisa fascinante… o sol eleva-se no horizonte.
Meus caros, reparem só: o sol morreu na “cruz”, ao fim do 3º dia ressuscitou e, ao mesmo tempo, três estrelas (três reis) seguiam em direcção a um estrela muito brilhante (Jesus).

Se duvidam que estas constelações são verdadeiras ou que os fenómenos do movimento do sol estão a ser inventados… pesquisem e comprovarão!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Olha que há coisas...


Olha que há coisas do “catano”. Mais uma vez vou falar dos Estados Unidos, porventura desta vez não tem nada haver com conspirações para controlar o mundo ou matar pessoas, mas sim para contar mais um dos fantásticos episódios que por lá se vivem.
Então um comum americano, desgastado de um dia de trabalho, estava ansioso por comprar um telemóvel novo, com o qual ia causar boa impressão junto da família e da rapariga que andava a cortejar. Como telemóveis destes não se compram como quem adquire tremoços, nem se vendem na loja dos 300 (parece que ainda não foi inventada nos States), o fulano (vamos lhe chamar Jack) lá teve de esperar pelo fim do mês.
Chega à loja, na sua Pick-up enferrujada e a contribuir largamente para o aquecimento global, e faz a sua auspiciosa aquisição. Como o Jack tinha ficado em pele-de-galinha quando ouvi o preço do telemóvel, decidiu verificar o saldo da conta bancária numa ATM.
Com a expressão de um burro a olhar para um palácio ficou o Jack, logo que contemplou o extracto… 900 mil e 45 dólares!! Como os portugueses costumam dizer, o Jack era de “bom tempo” e decidiu verificar como é estava a ver tantos zeros num só papel.
Vai daí, sai directo à empresa em que trabalhava e interpela o patrão: “Oh chefe, não era preciso ser tão generoso… aquilo das horas extras era só a brincar!”
Da boca contorcida do patrão sai a expressão: “Ah Ah!! Então eras tu!” e logo se ouviu os suspiros dos directores financeiros que mais pareciam compressores.
Lá convenceram o Jack a devolver o dinheiro, invocando os anos que ele já lá trabalhava e de como tinham sido amigos… e o Jack lá devolveu a massa.
No dia seguinte, o Jack é chamado ao escritório. Entra e vê o patrão entre os dois directores, mesmo em frente à mesa. “Meu caro Jack, pela sua generosidade, camaradagem e honestidade decidimos dar-lhe uma recompensa” afirmou o patrão. O Jack enternecido com a surpresa que lhe estavam a fazer exclamou, quase com a lágrima no canto do olho “Se fosse hoje, faria tudo igual!”
Então os três homens saem da frente da mesa e lá estava a recompensa do Jack… uma grade de minis!!!!!

Forreta do patrão que nem uma grade de cervejas normais deu.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quem diz verdade?



Já que estamos numa de contra-corrente, vou falar da mais recente controvérsia que está em voga. Quero, antes de mais, afirmar que o que aqui será escrito não resulta da minha opinião, mas sim do que se tem falado (ou conspirado).
Para muitos o aquecimento global é uma certeza e alguns de nós já começam a sentir os seus efeitos; verões extremamente quentes, Invernos amenos, furacões constantes e fenómenos climatéricos globais como o EL-Niño mais frequentes são algumas aterradoras características. Portanto, que ele existe, ninguém pode negar, mas as suas causas…
Tenho lido com atenção as crónicas de um professor universitário, Dr. Fernando Gabriel, que coloca em causa a tese do aquecimento global resultar das emissões de dióxido de carbono. Segundo este professor, o aquecimento global não é mais do que um ciclo natural climatérico, pelo qual a Terra passa periodicamente. Para tal, basta perceber que a Terra já passou por épocas glaciares e épocas de aquecimento global, sem que existe-se a poluição actual.
Mas então, como podem tantos cientistas estarem enganados ou a serem enganados ao mesmo tempo?
Para o Dr. Fernando Gabriel a explicação é simples. As pressões em torno da nova economia verde e da assemelhação da regulamentação sobre energia, tarifas, construção e transportes em todos os países, constituem um passo decisivo em direcção ao novo Governo Mundial.
As provas de que o aquecimento global está a ser usado pelos países desenvolvidos para se beneficiarem são elucidativas: os mass-media, estranhamente, não passam correntes alternativas ao aquecimento global, começa-se a falar de “alterações climáticas” em vez de “aquecimento global” e, acima de tudo, existem fortes indícios que as investigações científicas que corroboravam a tese do aquecimento global ser fruto das emissões de CO2 terem sido falseadas.
Sobre este último aspecto, Fernando Gabriel escreve “Desde que a nódoa da fraude científica alastrou sobre o pano imaculado que encobria a agenda política a aprovar Copenhaga, despontaram algumas cabecinhas, declarando a cimeira irrelevante por não discutir o verdadeiro problema: a sobrepopulação”.
Ou seja, mais ou menos como quem diz: “Eh pá descobriram-nos a careca, vamos inventar outra coisa!”

Meus amigos, mais uma vez parece claro que estamos a ser impelidos por um caminho, cujo objectivo não é aquele que nos apresentam, mas outro oculto.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Capitalimo - Uma história de amor

Aí está mais um polémico filme de Michael Moore. O controverso realizador americano desta vez permeou-nos com “Capitalismo – Uma história de amor”. O filme que hoje estreia, promete não deixar ninguém indiferente; tanto vítimas como os beneficiados pelo sistema capitalista. Temos, pois, polémica!
O realizador já foi criticado por tentar mostrar os podres da sociedade capitalista, em particular, nos Estados Unidos. Contudo as críticas resultam mais do conteúdo em que Richard Moore se baseia para “atacar” o capitalismo, através do populismo e manipulação de dados, do que na qualidade e arte do cineasta.
Com a exposição de casos reais, de quem ficou sem casa e foi viver para um camião, às injustiças cometidas contra jovens que procuram subsistência, Michael Moore demonstra como o capitalismo nos trouxe mais malefícios do que benefícios.
Perigoso para uns, realista para outros. O melhor será mesmo ver.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ouvi dizer que...


Nos nossos dias é difícil perceber de que lado está a verdade. Nos primórdios civilizacionais, os seres humanos viviam no obscurantismo e, por esse motivo, não alcançavam a verdade/conhecimento. Hoje em dia, o problema não está em obter informação, mas em seleccioná-la correctamente. É o rádio, a televisão, o telemóvel e a Internet que nos bombardeiam com informação… muitas vezes contraditória.
Vivemos num mundo onde se iniciam guerras com base em informações falsas, onde se chantageiam governos para acatarem ordens de grupos económicos, onde se iniciam projectos com base em argumentos completamente falsos, etc. O problema de tudo isto é que só damos por ela, passados muitos anos.
Não é a primeira vez que me deparo com as mais bizarras teorias da conspiração: os EUA querem liderar a criação de um governo mundial para oprimir todo o mundo, os EUA ocultam cadáveres de extra-terrestres numa das suas bases militares, que os EUA nunca foram a lua (foi tudo encenação de TV), que no fundo do pacífico existe uma civilização alienígena e, pasmem-se, que o 11 de Setembro foi invenção dos EUA. Uma coisa é certa, vem tudo dos EUA.
Desta vez, a teoria que anda em voga está relacionada com a Gripe A. Diz-se aqui e acolá, que as farmacêuticas criaram o vírus da gripe A e, também, criaram a vacina da gripe A (ao estilo vírus informáticos e respectivos anti-virus). Os motivos eram, obviamente, económicos.
Mas mais importante do que isso é que os teóricos da conspiração advogam que o governo dos EUA (claro!) deu ordens explícitas para que o vírus fosse criado. Segundo estes mesmos teóricos, os motivos prendem-se com o alegado aumento desproporcional da população face aos recursos alimentares disponíveis na terra, pelo que o governo americano, pura e simplesmente, teria dado ordens às farmacêuticas para diminuir a população mundial.
Ora eu ouço isto, verifico que os médicos e enfermeiros não querem ser vacinados, e pergunto-me? Mas afinal quem fala verdade: os governos nacionais ou os teóricos da conspiração?

Caros cibernautas, no que toca a estas questões, sou como o Portas: “Cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”. Mas há algo na natureza humana que não podemos esquecer: sempre que nos deparamos com algo desconhecido e tememos pela vida, arranjamos um bode expiatório para atirar todas as culpas. Se é certo que os EUA são culpados por algumas situações desagradáveis que se passam no mundo, já me parece desajustado assumir que tudo o que vai de errado no mundo é culpa sua.

Quando a peste negra atingiu a Europa, rapidamente se encontraram os culpados: eram os Judeus que colocavam veneno nos poços de água. Hoje sabemos que eram os ratos que traziam consigo a doença… por isso não se apressem a conseguir culpados.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

E esta...heim...



Lá para as terras do Tio Sam ouve-se cada uma…
Habituados a assistir, em directo, a lunáticas perseguições de automóvel, tiroteios em escolas e assaltos insólitos, agora chega-nos uma história de dois homens, no mínimo, caricata.
Na semana passada, havia um jogo muito importante de futebol americano na televisão que estava a despertar o entusiasmo de milhões de adeptos. Dois comuns americanos, já trintões, decidiram que naquela noite iam ver o jogo em casa de um deles, com umas cervejolas e amendoins para acompanhar (à homem!).
No final do jogo, sabe-se lá bem porquê, os dois trintões decidiram que para finalizar a noite em beleza assistiriam a um filme pornográfico. Eh pá, dois homens heterossexuais a ver um filme porno…é de homem!
Até aqui tudo bem. O problema é que as cervejas, os amendoins, a vitória da equipa e a qualidade dos actores do filme devem ter provocado um “curto-circuito” na massa cinzenta de cada um deles. Estavam a gostar tanto do que estavam a ver que decidiram, ali entre eles, que iam fazer o mesmo.
Mas havia um grande problema para resolver… é que na televisão estavam homens e mulheres e não apenas homens. Ora, pasmem-se, estes dois artistas decidiram tirar “à sorte” um papelinho para saber quem era o primeiro assumir a posição dominadora. Depois deste estar com as hormonas mais tranquilas, trocavam...
Tudo corria às mil maravilhas; o primeiro terminou a missão que em sorte lhe tinha sido incumbida e agora era a sua vez de deixar o colega “afogar o ganso”. Antes de assumir a sua nova posição, o primeiro pediu para ir à casa-de-banho urinar (à homem!). Enquanto se aliviava, deve ter começado a imaginar o cenário que estava prestes a suceder-se… mais uma vez, em sorte, a casa-de-banho tinha janela e a casa era terreira…
O outro esperava, ansioso, até que percebeu que o seu colega das cervejas, dos amendoins, do jogo na TV e do filme… se tinha posto a andar. Muito chateado e frustrado com a atitude do seu amigo, desloca-se à esquadra da polícia e relata o sucedido.

Ora bolas! Eu agoro pergunto aos internautas que nos visitam que nos auxiliem nesta questão. Estamos perante um crime? Se sim, de que tipo?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"Berardo quer produzir 500 milhões de barris de petróleo em Portugal"



Segundo fontes fidedignas a canadiana Mohave OIL & GAS já investiu, desde 1993, 40 milhões de euros, mas agora a Petrobras e a Galp preparam-se para ajudar na pesquisa e exploração com 200 milhões de euros, sendo que se os resultados forem positivos investirão 3 mil milhões de euros.
Parece já não haver dúvidas: Existe mesmo petróleo em Portugal! O problemo é explorá-lo. Ou melhor, era explorá-lo, porque o desenvolvimento de uma técnica de exploração designada “Horizontal Drilling” permite a exploração vertical e diagonal dos poços de petróleo, tornando acessíveis poços que até aqui não eram exploráveis.
Esta tecnologia não é nova… foi com o argumento que o Kuwait estava a explorar poços de petróleo iraquianos, a partir de solo Kuweitiano, que o ditador Iraquiano invadiu o Kuwait.
Mas afinal quantos barris de petróleo espera explorar este consórcio? Estima-se que existam 500 milhões de barris de petróleo em Portugal, o suficiente para abastecer o país por 5 anos, proporcionando uma receita próxima dos 37,8 mil milhões de euros.
Como mais vale prevenir do que remediar, o Estado já reservou 7% do preço de cada barril vendido para si, bem como 25% dos lucros por via de impostos.

A sina portuguesa (Continua)



Os portugueses, ao longo dos séculos, foram bafejados com uma sorte dos diabos. Quando fomos impulsionadores dos descobrimentos tornamo-nos, a par da Espanha, o estado mais poderoso do mundo, controlando o comércio mundial de especiarias, ouro e escravos. Éramos ricos!
Depois de muito mal se gastar e roubar estávamos na falência. Sortudos como somos, não demorou muito a conseguirmos uma solução para os nossos males. Descobrimos o ouro do Brasil. As quantidades de ouro eram tão abismais que dava para tudo: cobrir igrejas com talha de ouro, construir magníficos coches com talha de ouro e até construir um dos mais valiosos monumentos portugueses, o Convento de Mafra.
Depois de se ter desbaratado à fartura tínhamos umas coisas para mostrar; mas estávamos “tesos”. A agonia prolongou-se por mais uns séculos até que se descobriu uma das maiores “vacas leiteiras” que existia: a Comunidade Económica Europeia (então designada CEE). Não era preciso matar índios nem africanos e nem correr perigos. Entravam, em média, em Portugal desde 1986 cerca de 10 milhões de contos por dia! Então aí é que foi; era auto-estradas às moscas, estádios de futebol para fazer corridas de rali, pontes maiores da Europa, p… e vinho verde.
Entramos em 2009 e os subsídios da União Europeia estão prestes a esgotarem-se, mas há um problema… estamos “lisos”. Então, quando todo o mundo colocava as “mãos à cabeça” afirmando que estávamos entregues à bicharada, surge a seguinte notícia (Ver próximo Post)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Símbolo Perdido


O mais recente livro de Dan Brown, O Símbolo Perdido, promete não deixar ninguém indiferente. Depois do mundialmente aclamado Código de Da Vinci e dos best-sellers Anjos e Demónios e Fortaleza Digital, o autor norte-americano transmite-nos uma visão distinta da Maçonaria.
Goste-se ou não, a sua escrita atrai milhões e as suas intrigas e teorias da conspiração alimentam a fantasia de muitos. A potente e perigosa mistura de ficção, factos verídicos e temas apaixonantes levam milhões de pessoas a “devorarem” os seus livros, de mais de 500 páginas, em pouco mais de uma semana, até alcançarem a revelação final.
O Símbolo Perdido apresenta-nos a maçonaria como uma entidade poderosa e repleta de segredos que poderiam mudar o mundo, desde que dispostos ao conhecimento de todos. Apresenta-nos um conjunto de notáveis figuras fundadoras da América (Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, George Washington e muitos outros) como pertencentes à maçonaria e como a capital americana estava repleta de simbolismo maçónico. Revela-nos uma visão alternativa e convincente do significado das pirâmides e da pirâmide inacabada presente da nota de 1 dólar, bem como de todos os rituais de iniciação maçónicos. Desenrola um trama de ficção, em torno de um poderoso segredo que corre o risco de ser roubado, levando-os a perscrutar o livro até ao derradeiro momento em que é revelado. Um livro emocionante e, a meu ver, muito bem concluído.

http://www.youtube.com/watch?v=szfyh2h838w

http://www.youtube.com/watch?v=cEkUgRR0llo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A verdade inquietante



O futuro não se afigura risonho para a Rohde. É-nos sempre difícil ver notícias de despedimentos, em qualquer parte do país ou até mesmo do mundo, mas quando isto nos afecta ou aqueles que nos são mais próximos, mais dificuldades temos enfrenta-lo.
A empresa de calçado de Santa Maria da Feira fechará, não tarda nada; ou pelo menos, deixaremos de a conhecer como tal. As últimas notícias dão-nos conta que a administração da empresa solicitou ajuda ao governo para assegurar o pagamento dos salários de Novembro. A situação de Lay-Off em que a maioria dos trabalhadores se encontra, outrora situação manifestamente indesejável dada a perda de rendimentos por parte dos trabalhadores, surge agora como um mal menor, visto que, no futuro apenas se vislumbra o desemprego.
Em tempos áureos, a Rodhe Portugal era uma empresa que produzia cerca de 40 mil pares de sapatos por dia, a facturação alcançava os 50 milhões de euros e a rede de lojas não cessava de crescer em toda a Europa, inclusive em Portugal. A empresa que nasceu 28 dias após o 25 de Abril de 1974 chegou a ter 3000 trabalhadores, porventura, hoje-em-dia é uma ténue sombra do seu próspero passado, sendo constituída por apenas 900 trabalhadores.
O que induziu a Rohde a esta situação foram, exactamente, os mesmos factos que catapultaram inúmeras empresas de capital estrangeiro para a insolvência: a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Desde este momento, as empresas têxteis localizadas na Europa viram-se perante um país que colocava os seus produtos nos mercados Europeu e Americano abaixo do preço de custo da Europa e América. Esse país que não apresenta as mesmas condições laborais (higiene, segurança e protecção social) chega a pagar salários mensais de €100 a €150.
A questão coloca-se: Como pode uma empresa Portuguesa (ou Europeia) sobreviver/competir, perante a concorrência Chinesa, se terá que pagar €450 (no mínimo), pagar segurança social e garantir protecção no trabalho?
A verdade é inquietante e dura: não podemos competir contra os produtores Chineses, sem provocar um retrocesso civilizacional, ou limitarmo-nos a pequenos nichos de mercado que, obviamente, não empregarão a totalidade dos até aqui despedidos.
Chegados a este ponto, eu tenho algo muito simples a dizer. Deparam-se dois caminhos pela frente, através dos quais a Europa terá de decidir e nunca um país individualmente: fazemo-nos de “bonzinhos” e não violamos as regras impostas pela OMC contra o proteccionismo económico (suportando toda a mão-de-obra desempregada desses sectores tradicionais através de subsídios de desemprego e Rendimento Social de Inserção) ou portamo-nos mal e aplicamos tarifas alfandegárias aos produtos Chineses (suportando a indústria Europeia, à custa dessa protecção, mas evitando o desemprego e os consequentes custos orçamentais e sociais).
É por estas e muitas outras que Maquiavel é odiado por uns, mas vangloriado por outros. O pragmatismo, por vezes, é mais útil do que as boas práticas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CAIM - Que lição?



“Depois o criador virou-se para a mulher: Como te chamas tu?
Sou a Eva, Senhor, a primeira-dama, respondeu ela desnecessariamente, visto que não havia outra.
Deu-se o Senhor por satisfeito, despediu-se com um paternal “até logo” e foi à sua vida. Então pela primeira vez, Adão disse para Eva: Vamos para a cama.”

Eis um trecho do novo e, já, polémico livro de José Saramago: Caim.
O Nobel da literatura portuguesa, ao longo da sua vida, tem denunciado o “manual de maus costumes”, por este conter situações de ódio, guerra, vingança e, sobretudo, por o seu Deus ser rancoroso.
O comunista, como lhe chamam, é acusado de realizar interpretações abusivas da Bíblia e, para alguns, de proferir banalidades “republicadas” semelhantes as que se proferiam nas tascas no século XIX. Quanto às banalidades, não me pronuncio, mas acho estranho tanto incómodo por “banalidades”; contudo, aquilo a que alguns denominaram “interpretações abusivas”, não faz sentido.
Se é um facto que alguns elementos/passagens bíblicas constituem uma verdade factual, comprovada arqueologicamente, outras passagens não o são. Alias, julgo que Saramago se refere às passagens comprovadas historicamente, como aquelas que representam o “Manual de maus costumes”. Esse “Manual de maus costumes” refere-se, por exemplo, às sangrentas guerras bíblias levadas a cabo pelo “povo de Deus” ora para conquistar, ora para defender a “Terra prometida”; refere-se aos casos de incesto; refere-se aos casos de vingança entre homens e entre Deus e os homens.
Sobre isto, não percebo como se pode criticar Saramago! Poderei entender as críticas referentes à outra parte, isto é, elucidativas das passagens não comprovadas ou comprováveis cientificamente. Estas entram no domínio da fé e, assim sendo, entendo que as pessoas se sintam infligidas nos seus valores. Porventura, a fé é um campo subjectivo e repleto de areias movediças, pelo que, colocando um ateu e um verdadeiro católico, frente a frente, eles discutiriam eternamente sem chegar a nenhuma conclusão.
Por este motivo, neste campo limito-me a dar a minha opinião e a não dizer que este ou aquele está errado, pura e simplesmente, trata-se de convicções e cada um defende as suas.
Eu sou da opinião de Saramago. A parte comprovada da Bíblia é um manual de maus costumes e não dá boas lições a ninguém; a parte ficcional ou de fé, apresenta-se muitas vezes com um Deus invejoso e insuportável.
Alias o livro “Caim” é um pequeno exemplo disso mesmo. Caim terá sido um (senão o) dos primeiros homens a nascer de relações sexuais entre Adão e Eva. Um certo dia, Caim e Abel (seu irmão mais novo) apresentaram oferendas a Deus. Caim teria oferecida frutas e Abel ovelhas do seu rebanho. Deus terá gostado mais das oferendas de Abel do que Caim, visto que tinham sido dadas com mais sacrifício; Caim possuído por ciúmes terá orquestrado o assassinato do seu irmão. Deus castigou-o condenando-o à condição de errante do mundo.

Ora é contra isto que eu me insurjo e que Saramago critica. Deus, o Todo-Poderoso, faz algo que um simples pai não deve fazer. Não exige ser adorado, não prefere as oferendas de um a outro e, após se ter cometido um erro, não age com vingança.
Eu pergunto: Onde está o amor de Deus nestes actos?