sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Capitalimo - Uma história de amor

Aí está mais um polémico filme de Michael Moore. O controverso realizador americano desta vez permeou-nos com “Capitalismo – Uma história de amor”. O filme que hoje estreia, promete não deixar ninguém indiferente; tanto vítimas como os beneficiados pelo sistema capitalista. Temos, pois, polémica!
O realizador já foi criticado por tentar mostrar os podres da sociedade capitalista, em particular, nos Estados Unidos. Contudo as críticas resultam mais do conteúdo em que Richard Moore se baseia para “atacar” o capitalismo, através do populismo e manipulação de dados, do que na qualidade e arte do cineasta.
Com a exposição de casos reais, de quem ficou sem casa e foi viver para um camião, às injustiças cometidas contra jovens que procuram subsistência, Michael Moore demonstra como o capitalismo nos trouxe mais malefícios do que benefícios.
Perigoso para uns, realista para outros. O melhor será mesmo ver.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ouvi dizer que...


Nos nossos dias é difícil perceber de que lado está a verdade. Nos primórdios civilizacionais, os seres humanos viviam no obscurantismo e, por esse motivo, não alcançavam a verdade/conhecimento. Hoje em dia, o problema não está em obter informação, mas em seleccioná-la correctamente. É o rádio, a televisão, o telemóvel e a Internet que nos bombardeiam com informação… muitas vezes contraditória.
Vivemos num mundo onde se iniciam guerras com base em informações falsas, onde se chantageiam governos para acatarem ordens de grupos económicos, onde se iniciam projectos com base em argumentos completamente falsos, etc. O problema de tudo isto é que só damos por ela, passados muitos anos.
Não é a primeira vez que me deparo com as mais bizarras teorias da conspiração: os EUA querem liderar a criação de um governo mundial para oprimir todo o mundo, os EUA ocultam cadáveres de extra-terrestres numa das suas bases militares, que os EUA nunca foram a lua (foi tudo encenação de TV), que no fundo do pacífico existe uma civilização alienígena e, pasmem-se, que o 11 de Setembro foi invenção dos EUA. Uma coisa é certa, vem tudo dos EUA.
Desta vez, a teoria que anda em voga está relacionada com a Gripe A. Diz-se aqui e acolá, que as farmacêuticas criaram o vírus da gripe A e, também, criaram a vacina da gripe A (ao estilo vírus informáticos e respectivos anti-virus). Os motivos eram, obviamente, económicos.
Mas mais importante do que isso é que os teóricos da conspiração advogam que o governo dos EUA (claro!) deu ordens explícitas para que o vírus fosse criado. Segundo estes mesmos teóricos, os motivos prendem-se com o alegado aumento desproporcional da população face aos recursos alimentares disponíveis na terra, pelo que o governo americano, pura e simplesmente, teria dado ordens às farmacêuticas para diminuir a população mundial.
Ora eu ouço isto, verifico que os médicos e enfermeiros não querem ser vacinados, e pergunto-me? Mas afinal quem fala verdade: os governos nacionais ou os teóricos da conspiração?

Caros cibernautas, no que toca a estas questões, sou como o Portas: “Cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”. Mas há algo na natureza humana que não podemos esquecer: sempre que nos deparamos com algo desconhecido e tememos pela vida, arranjamos um bode expiatório para atirar todas as culpas. Se é certo que os EUA são culpados por algumas situações desagradáveis que se passam no mundo, já me parece desajustado assumir que tudo o que vai de errado no mundo é culpa sua.

Quando a peste negra atingiu a Europa, rapidamente se encontraram os culpados: eram os Judeus que colocavam veneno nos poços de água. Hoje sabemos que eram os ratos que traziam consigo a doença… por isso não se apressem a conseguir culpados.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

E esta...heim...



Lá para as terras do Tio Sam ouve-se cada uma…
Habituados a assistir, em directo, a lunáticas perseguições de automóvel, tiroteios em escolas e assaltos insólitos, agora chega-nos uma história de dois homens, no mínimo, caricata.
Na semana passada, havia um jogo muito importante de futebol americano na televisão que estava a despertar o entusiasmo de milhões de adeptos. Dois comuns americanos, já trintões, decidiram que naquela noite iam ver o jogo em casa de um deles, com umas cervejolas e amendoins para acompanhar (à homem!).
No final do jogo, sabe-se lá bem porquê, os dois trintões decidiram que para finalizar a noite em beleza assistiriam a um filme pornográfico. Eh pá, dois homens heterossexuais a ver um filme porno…é de homem!
Até aqui tudo bem. O problema é que as cervejas, os amendoins, a vitória da equipa e a qualidade dos actores do filme devem ter provocado um “curto-circuito” na massa cinzenta de cada um deles. Estavam a gostar tanto do que estavam a ver que decidiram, ali entre eles, que iam fazer o mesmo.
Mas havia um grande problema para resolver… é que na televisão estavam homens e mulheres e não apenas homens. Ora, pasmem-se, estes dois artistas decidiram tirar “à sorte” um papelinho para saber quem era o primeiro assumir a posição dominadora. Depois deste estar com as hormonas mais tranquilas, trocavam...
Tudo corria às mil maravilhas; o primeiro terminou a missão que em sorte lhe tinha sido incumbida e agora era a sua vez de deixar o colega “afogar o ganso”. Antes de assumir a sua nova posição, o primeiro pediu para ir à casa-de-banho urinar (à homem!). Enquanto se aliviava, deve ter começado a imaginar o cenário que estava prestes a suceder-se… mais uma vez, em sorte, a casa-de-banho tinha janela e a casa era terreira…
O outro esperava, ansioso, até que percebeu que o seu colega das cervejas, dos amendoins, do jogo na TV e do filme… se tinha posto a andar. Muito chateado e frustrado com a atitude do seu amigo, desloca-se à esquadra da polícia e relata o sucedido.

Ora bolas! Eu agoro pergunto aos internautas que nos visitam que nos auxiliem nesta questão. Estamos perante um crime? Se sim, de que tipo?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"Berardo quer produzir 500 milhões de barris de petróleo em Portugal"



Segundo fontes fidedignas a canadiana Mohave OIL & GAS já investiu, desde 1993, 40 milhões de euros, mas agora a Petrobras e a Galp preparam-se para ajudar na pesquisa e exploração com 200 milhões de euros, sendo que se os resultados forem positivos investirão 3 mil milhões de euros.
Parece já não haver dúvidas: Existe mesmo petróleo em Portugal! O problemo é explorá-lo. Ou melhor, era explorá-lo, porque o desenvolvimento de uma técnica de exploração designada “Horizontal Drilling” permite a exploração vertical e diagonal dos poços de petróleo, tornando acessíveis poços que até aqui não eram exploráveis.
Esta tecnologia não é nova… foi com o argumento que o Kuwait estava a explorar poços de petróleo iraquianos, a partir de solo Kuweitiano, que o ditador Iraquiano invadiu o Kuwait.
Mas afinal quantos barris de petróleo espera explorar este consórcio? Estima-se que existam 500 milhões de barris de petróleo em Portugal, o suficiente para abastecer o país por 5 anos, proporcionando uma receita próxima dos 37,8 mil milhões de euros.
Como mais vale prevenir do que remediar, o Estado já reservou 7% do preço de cada barril vendido para si, bem como 25% dos lucros por via de impostos.

A sina portuguesa (Continua)



Os portugueses, ao longo dos séculos, foram bafejados com uma sorte dos diabos. Quando fomos impulsionadores dos descobrimentos tornamo-nos, a par da Espanha, o estado mais poderoso do mundo, controlando o comércio mundial de especiarias, ouro e escravos. Éramos ricos!
Depois de muito mal se gastar e roubar estávamos na falência. Sortudos como somos, não demorou muito a conseguirmos uma solução para os nossos males. Descobrimos o ouro do Brasil. As quantidades de ouro eram tão abismais que dava para tudo: cobrir igrejas com talha de ouro, construir magníficos coches com talha de ouro e até construir um dos mais valiosos monumentos portugueses, o Convento de Mafra.
Depois de se ter desbaratado à fartura tínhamos umas coisas para mostrar; mas estávamos “tesos”. A agonia prolongou-se por mais uns séculos até que se descobriu uma das maiores “vacas leiteiras” que existia: a Comunidade Económica Europeia (então designada CEE). Não era preciso matar índios nem africanos e nem correr perigos. Entravam, em média, em Portugal desde 1986 cerca de 10 milhões de contos por dia! Então aí é que foi; era auto-estradas às moscas, estádios de futebol para fazer corridas de rali, pontes maiores da Europa, p… e vinho verde.
Entramos em 2009 e os subsídios da União Europeia estão prestes a esgotarem-se, mas há um problema… estamos “lisos”. Então, quando todo o mundo colocava as “mãos à cabeça” afirmando que estávamos entregues à bicharada, surge a seguinte notícia (Ver próximo Post)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Símbolo Perdido


O mais recente livro de Dan Brown, O Símbolo Perdido, promete não deixar ninguém indiferente. Depois do mundialmente aclamado Código de Da Vinci e dos best-sellers Anjos e Demónios e Fortaleza Digital, o autor norte-americano transmite-nos uma visão distinta da Maçonaria.
Goste-se ou não, a sua escrita atrai milhões e as suas intrigas e teorias da conspiração alimentam a fantasia de muitos. A potente e perigosa mistura de ficção, factos verídicos e temas apaixonantes levam milhões de pessoas a “devorarem” os seus livros, de mais de 500 páginas, em pouco mais de uma semana, até alcançarem a revelação final.
O Símbolo Perdido apresenta-nos a maçonaria como uma entidade poderosa e repleta de segredos que poderiam mudar o mundo, desde que dispostos ao conhecimento de todos. Apresenta-nos um conjunto de notáveis figuras fundadoras da América (Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, George Washington e muitos outros) como pertencentes à maçonaria e como a capital americana estava repleta de simbolismo maçónico. Revela-nos uma visão alternativa e convincente do significado das pirâmides e da pirâmide inacabada presente da nota de 1 dólar, bem como de todos os rituais de iniciação maçónicos. Desenrola um trama de ficção, em torno de um poderoso segredo que corre o risco de ser roubado, levando-os a perscrutar o livro até ao derradeiro momento em que é revelado. Um livro emocionante e, a meu ver, muito bem concluído.

http://www.youtube.com/watch?v=szfyh2h838w

http://www.youtube.com/watch?v=cEkUgRR0llo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A verdade inquietante



O futuro não se afigura risonho para a Rohde. É-nos sempre difícil ver notícias de despedimentos, em qualquer parte do país ou até mesmo do mundo, mas quando isto nos afecta ou aqueles que nos são mais próximos, mais dificuldades temos enfrenta-lo.
A empresa de calçado de Santa Maria da Feira fechará, não tarda nada; ou pelo menos, deixaremos de a conhecer como tal. As últimas notícias dão-nos conta que a administração da empresa solicitou ajuda ao governo para assegurar o pagamento dos salários de Novembro. A situação de Lay-Off em que a maioria dos trabalhadores se encontra, outrora situação manifestamente indesejável dada a perda de rendimentos por parte dos trabalhadores, surge agora como um mal menor, visto que, no futuro apenas se vislumbra o desemprego.
Em tempos áureos, a Rodhe Portugal era uma empresa que produzia cerca de 40 mil pares de sapatos por dia, a facturação alcançava os 50 milhões de euros e a rede de lojas não cessava de crescer em toda a Europa, inclusive em Portugal. A empresa que nasceu 28 dias após o 25 de Abril de 1974 chegou a ter 3000 trabalhadores, porventura, hoje-em-dia é uma ténue sombra do seu próspero passado, sendo constituída por apenas 900 trabalhadores.
O que induziu a Rohde a esta situação foram, exactamente, os mesmos factos que catapultaram inúmeras empresas de capital estrangeiro para a insolvência: a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Desde este momento, as empresas têxteis localizadas na Europa viram-se perante um país que colocava os seus produtos nos mercados Europeu e Americano abaixo do preço de custo da Europa e América. Esse país que não apresenta as mesmas condições laborais (higiene, segurança e protecção social) chega a pagar salários mensais de €100 a €150.
A questão coloca-se: Como pode uma empresa Portuguesa (ou Europeia) sobreviver/competir, perante a concorrência Chinesa, se terá que pagar €450 (no mínimo), pagar segurança social e garantir protecção no trabalho?
A verdade é inquietante e dura: não podemos competir contra os produtores Chineses, sem provocar um retrocesso civilizacional, ou limitarmo-nos a pequenos nichos de mercado que, obviamente, não empregarão a totalidade dos até aqui despedidos.
Chegados a este ponto, eu tenho algo muito simples a dizer. Deparam-se dois caminhos pela frente, através dos quais a Europa terá de decidir e nunca um país individualmente: fazemo-nos de “bonzinhos” e não violamos as regras impostas pela OMC contra o proteccionismo económico (suportando toda a mão-de-obra desempregada desses sectores tradicionais através de subsídios de desemprego e Rendimento Social de Inserção) ou portamo-nos mal e aplicamos tarifas alfandegárias aos produtos Chineses (suportando a indústria Europeia, à custa dessa protecção, mas evitando o desemprego e os consequentes custos orçamentais e sociais).
É por estas e muitas outras que Maquiavel é odiado por uns, mas vangloriado por outros. O pragmatismo, por vezes, é mais útil do que as boas práticas.