sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A sina portuguesa (Continua)



Os portugueses, ao longo dos séculos, foram bafejados com uma sorte dos diabos. Quando fomos impulsionadores dos descobrimentos tornamo-nos, a par da Espanha, o estado mais poderoso do mundo, controlando o comércio mundial de especiarias, ouro e escravos. Éramos ricos!
Depois de muito mal se gastar e roubar estávamos na falência. Sortudos como somos, não demorou muito a conseguirmos uma solução para os nossos males. Descobrimos o ouro do Brasil. As quantidades de ouro eram tão abismais que dava para tudo: cobrir igrejas com talha de ouro, construir magníficos coches com talha de ouro e até construir um dos mais valiosos monumentos portugueses, o Convento de Mafra.
Depois de se ter desbaratado à fartura tínhamos umas coisas para mostrar; mas estávamos “tesos”. A agonia prolongou-se por mais uns séculos até que se descobriu uma das maiores “vacas leiteiras” que existia: a Comunidade Económica Europeia (então designada CEE). Não era preciso matar índios nem africanos e nem correr perigos. Entravam, em média, em Portugal desde 1986 cerca de 10 milhões de contos por dia! Então aí é que foi; era auto-estradas às moscas, estádios de futebol para fazer corridas de rali, pontes maiores da Europa, p… e vinho verde.
Entramos em 2009 e os subsídios da União Europeia estão prestes a esgotarem-se, mas há um problema… estamos “lisos”. Então, quando todo o mundo colocava as “mãos à cabeça” afirmando que estávamos entregues à bicharada, surge a seguinte notícia (Ver próximo Post)

1 comentário:

Pedro Gouveia disse...

Gostei bastante deste post. Revela realmente o que sempre foi a "gente do topo" deste miserável país... :)