quinta-feira, 22 de maio de 2008

Uma lição para o mundo? Ou para o médio oriente?


14 de Maio de 1948 surge um novo pequeno país no Médio Oriente, extremidade sudeste do mar mediterrâneo, Israel. Para o povo Judeu tinha chegada a altura de viverem e morrerem na terra que segundo eles (segundo a Tora), Deus tinha prometido. Para os povos árabes, mais propriamente os Palestinianos, essa mesma data é significado de catástrofe.
Não vou afirmar se aquela faixa de terra pertence aos Israelitas ou aos Palestinianos. Isso seria o mesmo que tentar saber quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha. Os confrontos e quezílias entre Judeus e os povos daquela região são tão remotos que estaríamos a ser desonestos se ligássemos uma terra apenas a um ou outro povo. Repare-se que desde do século onze antes de Cristo, isso mesmo, onze antes de Cristo, reinos judaicos estabeleciam controlo sobre essa região controlando-a por mais de um milénio. Posteriormente, sob domínio Assírio, Babilónico, Grego, Persa e Bizantino os judeus iniciaram uma dura saga de expulsão das “suas” terras, sendo aqui que começa as longas epopeias dos Israelitas ora como prisioneiros no Egipto ora como presos numa cultura estranha como era a Babilónica.
O que é certo é que em 14 de Maio de 1948, Israel apossou-se de uma região que lhe tinha sido doada pela Inglaterra (via ONU) e que na realidade já tinha pertencido intermitentemente aos seus antepassados. Aquela pequena região de 20700 km2 (semelhante ao Alentejo) completamente árida e subdesenvolvida passava para as mãos de um povo que durante a segunda guerra mundial é objecto das mais horrendas e barbaras acções do homem.
Essa pequena região até então tão pobre e insignificante que não passava de um pequeno deserto, começa desde essa data a ser objecto de ameaças. Apenas uma explicação pode ser apontada: ódio e religião. Porque razão uma região esquecida, a partir daquela data é alvo de tanta cobiça?
O pior estava para vir, pois os estados árabes não aceitaram que um estado Sionista surgisse entre o mundo islâmico, iniciando uma guerra quase após a declaração de independência pelo Iraque, Síria, Egipto e Jordânia. A desproporção entre os dois lados era enorme, favorável aos árabes, mas Israel consegue uma vitória estrondosa. A forma como Israel se desenvolvia e tornava uma potência regional era inconcebível para os povos árabes e, mais uma vez, atentam contra a independência de Israel (1967) com a guerra dos 6 dias. Desta vez a desproporção era ainda maior, mas a astúcia do general Moisés Dayan é de tal forma formidável que só com a aviação israelita ganha a guerra (destrói as pistas de aviação inimigas impedindo-os de levantar voo e corta os carros de abastecimento das tropas árabes que se dirigiam a Israel; em breve estavam a passar fome e a fugir de bombas lançadas pela aviação).
O povo judeu acabou por dar uma lição ao mundo e aquela região, pois começando do nada construiu um país desenvolvido, estando constantemente sob ameaça. Por ironia da história acaba por demonstrar que raças arianas não existem, mas se existissem eles não deveriam ser excluídos uma vez que se tornaram num país em que se receberam mais prémios Nobel. Quem não se lembra do judeu Albert Einstein… Longa vida a Israel e coragem aos seus vizinhos para esquecerem a religião e viverem em paz com um povo que só os pode ajudar a prosperar.

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