domingo, 11 de maio de 2008

Um país mais descansado


Sexta-Feira, dia 11 um organismo de futebol em Portugal fez um grande favor a algumas consciências. O Dr. Ricardo Costa conseguiu fretar a descida de divisão do Boavista e “culpar” o F.C. Porto com penalização de 6 pontos. Desta forma, as palhaçadas de Dias da Cunha, o Sr. Sistema, e de Filipe Vieira parecem fazer sentido. As suas consciências podem descansar em paz, pois estes clubes nortenhos, mais propriamente, da invicta eram corruptos.
Valentim Loureiro é claro quando afirma: “De mim sempre souberam que era boavisteiro. Porque não perguntam ao presidente da comissão disciplinar da Liga, qual é o seu clube?” A forma como o Dr. Ricardo Costa proferiu as declarações sobre os resultados das investigações do apito dourado, não são mais do que um exercício de auto-elogio e presunção de superioridade. Presunção de superioridade, pois sentiu necessidade de afirmar que o trabalho realizado por si e pela sua equipa estava bem feito e baseado nas melhores teorias internacionais. Quer isto dizer, que se o conselho de justiça, órgão para o qual os clubes poderão recorrer destas decisões, decidir de forma contrária à comissão disciplinar, então é porque estão errados ou estão a agir de má-fé! O preconceito da superioridade está ligado a regimes autoritários e todos nós conhecemos o percurso dessas sociedades na história.
Estes senhores pretendem levar a parte pelo todo, querem esconder o “ovo de Colombo” e fazer do Boavista e F.C. Porto os “bodes expiatórios” da corrupção que graça a dezenas de anos do futebol Português. Segundo alguns presidentes e adeptos de clubes muito suspeitos para opinarem, a hegemonia do F.C. Porto nos últimos 30 anos deve-se a corrupção no futebol. Ora pelas palavras destes senhores torna-se óbvio que o F.C. Porto conquistou duas taças dos campeões europeus, duas taças intercontinentais e uma taça Uefa à custa dos árbitros. Para estes senhores é óbvio que Pinto da Costa controla e coage todos os árbitros, mesmo os da Champions.
Da mesma forma que estes senhores afirmam que o F.C. Porto não tem mérito nestas conquistas esmagadoras, também os portistas podem concluir que a hegemonia dos clubes Lisboetas antes do 25 Abril se deviam a interferências políticas e arbitragens parciais (basta lembrar o impedimento de Eusébio em ir para o futebol italiano…era um símbolo nacional!). Seria bom que de uma vez por todas as pessoas ganhassem vergonha e humildade e reconhecessem que uma cidade no norte do país, esquecida e abandonada pelos políticos da capital, possui um clube de craveira internacional e que levanta a bandeira nacional bem alto.
Acredito que no Porto tenha existido oferta de prendas e pressões sobre árbitros, a fim de obter um tratamento mais favorável, mas não é admissível que se tenta dizer que isso só acontece aqui no Porto. As afirmações de Luís Filipe Vieira que dizia que não precisava de jogadores, bastava ter “pessoas na Liga de Clubes”, e as escutas onde se ouviam este senhor a escolher árbitros, não são elucidativas da promiscuidade que existe entre dirigentes de clubes e a Liga de Clubes. A comunicação social não engana: quando um árbitro favorece o Porto temos apito para aqui e para acolá; quando o árbitro favorece os clubes de Lisboa, já se diz que errar é humano. Lembre-se as palavras de um comentador de futebol num jogo da sic onde o Benfica aos 80 minutos ainda não estava a ganhar: “TEMOS de marcar”. Vergonhoso!!


Viva ao Porto, campeão nacional (isto é, de Lisboa e arredores).

Sem comentários: