segunda-feira, 5 de maio de 2008

O que se segue no PSD?

Muitos são aqueles que se sentem desiludidos com este PSD. Depois de lideranças marcantes como Sá Carneiro e Cavaco Silva, parece que o partido nunca mais foi capaz de assegurar na liderança personalidades com o carisma e personalidade daqueles. Efectivamente o PSD tem descambado num poço, sem fundo, de incompetência política. Durão Barroso chega ao poder, porque Guterres tem uma gestão desastrosa das finanças do país; gastou como se tivesse ganho o Euromilhões com Jackpot todas as semanas. Depois de não conseguir retirar o país da crise orçamental em que se encontrava a não ser pela via das receitas extraordinárias e o fiasco da cimeira das lajes, estava à vista o descalabro nas eleições. A saída para Bruxelas adiantou o que era esperado.
Com Santana Lopes começa a pairar sob o partido um certo populismo que na Europa, normalmente, dá para o "torto". Relembre-se a frase: "Não vou pedir mais sacrifícios aos Portugueses!". Esquecia-se que a casa estava por arrumar e que nós tinhamos compromissos a respeitar para com Bruxelas, ao nível do PEC. As eleições antecipadas, ainda que um pouco forçadas por Sampaio, foram a resposta a sucessivas remodelações ministeriais que só mostrava falta de organização. As eleições viriam a mostrar que o povo não estava com o senhor que via o seu futuro nas estrelas.
Chega-se a Marques Mendes, a meu ver, o mais sério desde Durão Barroso, mas por ter sido sério acabava por ser arrasado por uma estratégia do PS que ocupa o lugar do PSD nas tradicionais medidas que o partido toma, o que faz com que Marques Mendes nunca tenha capacidade de vencer um debate na Assembleia da República ou quando o tenta fazer, cai na demagogia.
Face a isto, pergunta-se: "Qual o futuro do PSD?". Como Alberto João Jardim afirma, a Dra. Manuela Ferreira Leite é uma candidata do sistema, correndo serios riscos de passar pelo que passou Marques Mendes, uma vez que era ministra das finanças de Durão. Como não consegui atingir o seu principal objectivo que era a consolidação das contas públicas, que moral terá a "Dama de Ferro" para criticar Sócrates? Que medidas alternativas promoverá? Como muitos dizem será apenas mais do mesmo?
Parece que o PSD tenha a possibilidade de em 2013 e não em 2009 vir a vencer as eleições terá de nomear Pedro Passos Coelho, não só porque não terá o passado a prejudicá-lo, como também é a tão desejada lufada de ar fresco que o partido precisa.

Sem comentários: